Em Barcelos, no centro da cidade, pode encontrar a casa mais antiga a trabalhar a arte do cobre – Cobres Cunha, fundada a 2 de Janeiro de 1932, por João da Cunha Ferreira.
Os Cobres Cunha são representados em Barcelos ao longo de três gerações, nomeadamente por: João da Cunha Ferreira (avô), José Fernando da Cunha Ferreira (pai) e João da Cunha Ferreira (filho).
João da Cunha Ferreira começou a trabalhar o cobre por influência do seu pai, Manuel da Cunha Ferreira. Este vivia na cidade de Braga e tinha como ofício a profissão de “caldeireiro”, como era chamado na altura. Fazia alambiques, caldeiras, chaminés e outras utilidades em cobre, todas elas executadas manualmente, com recurso à força de “bater o martelo”. Tinha três filhos e todos seguiram o mesmo ofício. No entanto, apenas João se instalou em Barcelos, ao verificar que a maioria dos clientes ali viviam.
As peças mais produzidas eram essencialmente alambiques, devido à grande produção de aguardente e máquinas de sulfatar. Após o seu falecimento, o filho mais novo, José Fernando da Cunha Ferreira, continuou a arte de caldeireiro. Anos mais tarde, o seu filho João (com o mesmo nome que o avô), decidiu igualmente enveredar pela mesma profissão.
João mantém ainda hoje vivo o negócio familiar de 5 gerações. Recorda o seu pai com saudade, descrevendo-o como uma pessoa de um talento incrível, “um homem muito direito” e de “espírito muito aberto”.
