João Rêgo nasceu no dia 6 de fevereiro de 1967, em Lijó. É casado e tem uma filha.
O seu gosto pelos trabalhos manuais começou na escola, o artesão afirma mesmo que “nunca tirei menos de 5 a trabalhos manuais”.
Durante a sua adolescência produziu algumas peças que oferecia aos amigos e familiares. Mais tarde, com o nascimento da sua filha, deixou de criar as suas peças de artesanato para se dedicar mais à família e ao seu trabalho.
A sua veia artística foi retomada em 2012 depois de um familiar lhe ter mostrado uma peça da sua autoria. A peça em questão é um coração de Jesus, o que lhe reacendeu a vontade de dedicar-se, à sua arte durante os seus tempos livres.
Para a criação dos seus trabalhos, João Rêgo pega em materiais como pinhas, galhos, raízes e troncos de árvores, cola e tintas. O próprio menciona que o que lhe dá mais gosto trabalhar são os galhos das árvores, “por vezes em caminhadas olho para uma árvore e imagino as peças”.
A madeira mais utilizada para fazer os seus trabalhos é a das macieiras. As pinhas são apanhadas no monte, de onde a maior parte das vezes vem carregado.
Como fonte de inspiração, o artista recorre muitas vezes aos animais e às pessoas: “A Vida inspira-me”.
Das suas criações com pinhas saem trabalhos essencialmente de animais, como galos, galinhas e corujas, num registo verdadeiramente singular. A este propósito afirma mesmo que “as pinhas são a minha matéria-prima de excelência”. Dos troncos e galhos, João Rêgo talha, principalmente, figuras religiosas (anjos ou santos), figuras desportivas e outro tipo de figuras que derivam da sua imaginação. João Rêgo conta-nos que a sua inspiração acontece quando menos espera, há dias que “vejo um galho e imagino logo a peça e tenho que a trabalhar imediatamente”, mas por vezes “há dias em que olho para uma árvore e não vejo nada de especial para trabalhar, e noutro dia olho para a mesma árvore e já projeto uma ou mais peças”.
Para o artesão a sua inspiração e vontade de criar tem um só objetivo “mostrar as minhas peças ao Mundo, por serem diferentes de tudo o que estamos habituados a ver”.
O trabalho que João Rêgo produz é único, todo ele é realizado manualmente, por isso as suas peças, como o artesão gosta de frisar, apresentam-se com um aspeto “tosco”. Esta característica acaba por diferenciá-lo do resto dos artesãos, o que lhe permite desenvolver uma marca arrojada e fora do comum do seu trabalho.
